Evolut Low Risk: TAVI mantém segurança e eficácia aos 5 anos em pacientes de baixo risco, revela estudo apresentado no ACC.25

Durante a programação científica do American College of Cardiology 2025 (ACC.25), em Chicago, foram apresentados os aguardados resultados de 5 anos do estudo Evolut Low Risk, que comparou a substituição da válvula aórtica por via transcateter (TAVI) com a cirurgia convencional (SAVR) em pacientes com estenose aórtica grave e baixo risco cirúrgico.
A apresentação foi conduzida pelo Dr. Michael J. Reardon, e os dados publicados simultaneamente no Journal of the American College of Cardiology (JACC) demonstraram que o TAVI com a válvula Evolut (Medtronic) mantém desfechos clínicos comparáveis à cirurgia convencional, mesmo após 5 anos de acompanhamento.
Principais achados
Entre os 1.414 pacientes randomizados, os desfechos de mortalidade por todas as causas ou AVC incapacitante foram semelhantes:
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TAVI: 15,5%
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Cirurgia: 16,4% (p=0,47)
Outros dados relevantes incluem:
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Mortalidade cardiovascular: 7,2% no grupo TAVR vs. 9,3% no grupo cirurgia
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Reintervenção: 3,3% (TAVI) vs. 2,5% (cirurgia)
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Gradiente médio aórtico menor no TAVI: 10,7 mmHg vs. 12,8 mmHg
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Maior área efetiva do orifício valvar no TAVI: 2,1 cm² vs. 1,9 cm²
Ilustração Central Desfechos em 5 anos após substituição da válvula aórtica por via transcateter ou cirúrgica Pacientes com regurgitação paravalvar ≥ leve: 14,7% (TAVI) vs. 0,5% (cirurgia)
Embora o grupo TAVI tenha apresentado uma taxa mais elevada de implante de marcapasso definitivo (27% vs. 11,3%), também demonstrou uma incidência significativamente menor de fibrilação atrial (16,3% vs. 41,2%).
Além dos desfechos clínicos e hemodinâmicos, ambos os grupos mantiveram melhora sustentada na qualidade de vida aos 5 anos, avaliada pelo Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ).