Avaliação de regurgitação valvar requer diferentes modalidades de imagem, parâmetros integrados, deve ser realizada em condições médicas otimizadas e deve ser combinada com dados clínicos. Novas orientações foram recentemente publicadas pela ESC.

Para facilitar a compreensão apresentamos abaixo as orientações gerais e as específicas para regurgitação aórtica. Regurgitação mitral e tricúspide serão abordadas posteriormente.

Orientações gerais:

Pontos chaves para avaliação valvar:

  • ETT é o exame de primeira linha
  • ETE deve ser realizado quando o ETT não fornece o diagnóstico ou quando um exame mais refinado é necessário
  • ETE não é indicado quando as imagens do ETT são de boa qualidade, exceto para planejamento de procedimentos
  • Eco 3D fornece informações adicionais em pacientes com lesões complexas e é utilizado para avaliar se a valva é passível de reparo

Classificação de Carpentier de mobilidade de folhetos:

  • Tipo I: mobilidade normal
  • Tipo II: excesso de mobilidade
  • Tipo III: folhetos com restrição de mobilidade

Pontos chaves para estimação d gravidade da regurgitação:

  • Color Doppler – área do jato de regurgitação não é apropriada para quantificar a gravidade da regurgitação
  • VC e PISA são preferidos para avaliar a gravidade da regurgitação
  • Parâmetros adjuntos devem ser utilizados quando há discordância entre a avaliação quantitativa e a clínica do paciente

Abaixo o resumo completo

Como quantificar regurgitação valvar nativa? Novas orientações da ESC 2022

Referência: Multi-modality imaging assessment of native valvular regurgitation: an EACVI and ESC council of valvular heart disease position paper. European Heart Journal – Cardiovascular Imaging (2022) 00, 1–62 https://doi.org/10.1093/ehjci/jeab253