Valve-in-Valve significa realizar um procedimento de implante percutâneo de valva aórtica em uma bioprótese previamente implantada, ou seja, ao invés de realizarmos o TAVI em um anel nativo, realizamos o mesmo em um anel protético de uma prótese previamente implantada que desenvolveu degeneração estrutural.

Este procedimento vem ganhando cada vez mais destaque por ser menos invasivo que uma reoperação de troca valvar aberta tradicional.
Cada vez mais estudos demonstraram a segura e excelentes resultados associados ao Valve-in-Valve. Por já haver um anel de ancoragem, a taxa de leak paravalvar e a taxa de necessidade de implante de marcapasso definitivo são muito baixas.

Por outro lado, o risco de gradiente residual elevado ou oclusão coronariana é maior durante o Valve-in-Valve comparado com TAVI em anel nativo.

Quer saber mais? Leio o resumo na íntegra:

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Além disso, uma das principais preocupações do Valve-in-Valve é o risco de oclusão coronariana, que é significativamente maior quando comparada com TAVI em anel nativo.

Isto se deve, sobretudo, ao fato de já haver folhetos em contato os seios de valsalva que poderão ser deslocados e prejudicarem o fluxo coronariano quando a nova prótese for liberada.

Identificar pacientes com maior risco de obstrução coronariana durante o Valve-inValve é etapa fundamente da análise pré-operatória. Esta avaliação deve ser realizada através de uma análise minunciosa da angiotomografia pré-operatória, sobretudo através da aferição da altura das artérias coronárias, diâmetro dos seios de valsalva e do VTC (virtual transcateter heart valve to coronary distance).

Para aferir o VTC, simulamos a nova prótese a ser implantada e aferimos a distância desta em relação aos óstios das coronárias. Em caso de uma distância < 4 mm o risco de oclusão coronariana é considerado significativo e devemos considerar estratégias de proteção coronariana.

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