Pacientes com estenose aórtica grave e anatomia bicúspide podem se beneficiar de TAVI tanto quanto pacientes com anatomia tricúspide? Confira abaixo os resultados de dois importantes registros apresentados recentemente

 

No congresso TVT deste ano (The Structural Heart Summit, 20–22 July/2021, Miami Beach, USA & virtual) dois registros interessantes sobre realização de TAVI em pacientes de baixo risco com valva aórtica bicúspide foram apresentados. Este assunto é de extrema relevância visto que pacientes com valva bicúspide representam cerca de 6% do total de pacientes submetidos ao TAVI, podendo chegar até 50% da população de pacientes de baixo risco que são encaminhados para troca valvar aórtica.

O background para esta discussão vem de uma impressão histórica de que paciente com valva aórtica bicúspide representam uma categoria de mais alto risco para TAVI por terem valvas mais calcificadas e, portanto, com maior risco de complicações peri-procedimento como necessidade de implante de uma segunda prótese, leak paravalvar e AVC.

No entanto os resultados apresentados no TVT 2021 demonstram que o TAVI pode ser tão efetivo em pacientes com valva bicúspide quanto naqueles com valva tricúspide. Ressaltamos, entretanto, que se tratam de resultados a curto prazo, com apenas um ano de seguimento. Sabemos que, em geral, pacientes com valva bicúspide são mais jovens, portanto, faz-se de extrema importância conhecermos os resultados a longo prazo do TAVI nesse grupo de pacientes.

Confira no documento em anexo os principais resultados dos dois registros apresentados.

Pacientes com estenose aórtica grave e anatomia bicúspide podem se beneficiar de TAVI tanto quanto pacientes com anatomia tricúspide?